O que as cores tem a ver com o conforto?

Nairobi Ayobami

Nairobi:


Aqui na marca temos o conforto como um dos pontos de partida para discutirmos diversas temáticas sobre moda, nossos corpos, personalidade, assuntos sociais e raciais, autocuidado e por aí vai. Desta vez escolhemos falar sobre as cores e buscar entender como elas podem influenciar no nosso dia a dia e no desenvolvimento das nossas peças. 


O ato de se vestir, se arrumar para trabalhar e sair, sempre ponderou minha autoestima, até naqueles dias que estava de home office, acreditava que para manter o bem estar, até criar disposição para sair daquele mood “estou em casa” buscava escolher cores e peças aconchegantes e alegres, para aumentar a disposição e energia produtiva. 


As cores têm o poder de comunicar, transmitir mensagens e despertar sensações. Elas fortalecem nossa imagem e influenciam no nosso humor. 

Entre leituras e pesquisas descobri a psicologia das cores e que ela sempre está presente no desenvolvimento de coleções e até mesmo no nosso subconsciente no momento que vamos efetuar uma compra. 


NAI EXPLICA MAIS MIGA, POR FAVOR!


É uma teoria que aponta a maneira como nosso cérebro se comporta diante de informações captadas visualmente. A forma como as cores geram emoções, impactam mensagens que recebemos de maneira positiva e negativa. E busca sustentar que as cores influenciam tudo e a todos, mas afetam cada pessoa de forma diferente, nos ajudando a visualizar e perceber grande parte de produtos, ações e até mesmo marcas. 


Elas são onipresentes e uma fonte de informação, segundo a monografia A influência das cores nas decisões dos consumidores”, feito pela Rayssa Zylberglejd “bastam 90 segundos de uma interação inicial com produtos (ou pessoas) para que alguma decisão seja tomada e alguma opinião formada. Cerca de 90% das avaliações são baseadas apenas nas cores”. Sendo elas relevantes para avaliações de produtos, assimilação de marcas, decisão de compras e designs. 


Exemplo: Tonalidades quentes, como o vermelho, o laranja e o amarelo, costumam ser lidas como alegres, estimulantes e dinâmicas. Já os tons frios, como o azul, o verde e o roxo, são frequentemente associados à tranquilidade e seriedade. Fonte: Digitale Têxtil.


O conceito está presente no desenvolvimento das nossas coleções, na escolha da paleta de cores, o sentimento que desejamos que a marca passe e até mesmo no nome que escolhemos. Convidei a deusa Lela para compor este texto e compartilhar um pouco sobre as cores presentes na comunicação nas peças da marca, e também dar alguns spoilers do que vem aí. 

Desta vez indico para quem gostou do tema e queira aprofundar o livro A psicologia das cores: Como as cores afetam a emoção, da Eva Heller e escutem a música Beautiful Little Fools, da Jorja Smith


Lela:


Vamos então falar sobre as cores propriamente ditas? Nossa religião é trazer a sensação de conforto e abraço para quem nos acompanha, de todas as formas possíveis. Desde a modelagem das peças, a forma com que a gente se comunica, as palavras que usamos, o nome das coleções, e um dos principais pontos que prestamos atenção desde o começo são as cores.


Antes de fundar a marca, eu fiquei meio obcecada em estudar sobre a teoria das cores e como elas podem influenciar no nosso bem estar. Mais do que isso: eu comecei a testar essas teorias na prática e estudar as sensações que eu tinha nos dias que eu usava cores diferentes. E não é que fez sentido mesmo? 


Nesse momento percebi que o desenvolvimento de cada peça seria muito além da modelagem, seria a combinação de modelagem, toque da malha ou tecido e também da cor que ela teria. Esses três pontos são essenciais pra compor cada peça, que compõe cada coleção que fizemos e fazemos, e é por conta desses três pontos que você tem uma sensação diferente de tudo que você já experimentou ao provar as nossas peças. Por isso que você se sente abraçada, acolhida, confortável em si. Você já tinha pensado nisso?


Vou trazer um exemplo pra você conseguir entender melhor o que eu quero dizer

Camiseta Coragem

Se você me conhece, sabe que essa é uma frase muito importante pra mim (tanto que eu tenho ela tatuada na mão direita, pra ler todo dia o tempo inteiro!). É a frase que minha mãe fala pra mim desde criança, quando eu to em alguma situação difícil, e é ela que me dá força de enfrentar tudo que a vida me apresenta. Quando decidi que ia fazer essa camiseta, sabia que a cor dela não poderia ser fria porque a sensação dessa frase é quente, é um colo, um abraço, e ao mesmo tempo um impulso, um empurrão pra frente. Entre as cores quentes, temos variações de vermelho, amarelo e laranja. A escolha do mostarda foi natural: é a cor que fica entre o amarelo e o laranja. 


A explicação mística é: o amarelo é a cor do chakra do plexo solar, que fica na boca do estômago, onde guardamos nosso poder pessoal, nossa coragem e nossa autoconfiança, e o laranja é a cor do chakra sexual, que fica no nosso ventre, onde guardamos nosso poder de iniciativa e criação. 


A explicação psicológica é: amarelo é a cor que gera alegria, otimismo e energia, e laranja é a cor do entusiasmo, criatividade e da coragem.


Além disso, o mostarda é uma forma de trazer os pontos positivos do amarelo sem se aproximar das cores frias que a cor pode ter quando se aproxima do verde.


Junto com a modelagem que te deixa confortável e livre nos movimentos, com a malha que tem um toque delicioso que parece um abraço, a escolha da cor mostarda foi então a única escolha possível! Hahaha


Quer mais explicações sobre a escolha das cores nas peças? Comenta aqui pra gente saber!


Um beijo e até a próxima! 


Por: Nairobi Ayobami e Lela Brandão. 

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