5 livros que discutem padrões de beleza

Isabela Yu

Quais são os seus livros mais marcantes sobre o assunto? Reunimos algumas histórias emocionantes que refletem como os padrões de beleza foram capazes de influenciar – na vida real e na ficção – a identidade dessas autoras. 

  • "Pare de se odiar" (2018) - Alexandra Gurgel 

"Amar o próprio corpo é um ato revolucionário". O livro de estreia da criadora do canal Alexandrismos fala sobre autoaceitação, tema recorrente em seus vídeos, que também costumam abordar autoestima, amor-próprio e gordofobia. Segundo a autora, "dentro dessa construção social do indivíduo estão os padrões impostos para que a mulher seja perfeita, culminando em transtornos alimentares, problemas mentais e, claro, no ódio ao próprio corpo."

  • "Fome" (2017) - Roxane Gay

    A escritora americana sofreu um estupro coletivo aos 12 anos, trauma que a levou a usar o corpo como esconderijo. Passou a comer para afastar olhares alheios porque desde cedo percebia que o corpo obeso era visto de forma negativa na sociedade patriarcal. O livro autobiográfico visita o trauma para entender tudo o que aconteceria depois do ocorrido. Seu auge: 262 quilos, distribuídos em 1,90m.

    • "Mito da Beleza" (1991) - Naomi Wolf

      O livro da jornalista e escritora continua sendo revisitado três décadas de seu lançamento. "Uma cultura fixada na magreza feminina não tem uma obsessão pela beleza, mas uma obsessão pela obediência feminina". Pode falar, quantas vezes você já cruzou com dicas "saudáveis"que na verdade são só uma nova forma de passar fome? De aprisionarmos nossos corpos? Ou olhar no espelho ser sinônimo de frustração?  

      • "Cinderela Chinesa" (1999) - Adeline Yen Mah 

      Escritora e médica, a autora chinesa mudou-se aos 14 anos de Tiaijin  para a Inglaterra com o objetivo de estudar medicina. Após anos atendendo pacientes, decidiu publicar livros. Este fala sobre a história de uma menina que nasceu nos anos 1940, órfã de mãe, com pai ausente e que cresceu sofrendo abusos da madrasta em casa. Há muitos detalhes sobre costumes da época, sobre os tabus de nascer menina em uma época onde apenas os filhos homens eram desejados. 

      • Self Made: The Life and Times of Madam C. J. Walker  (2020) - A’Lelia Bundles

      Sarah Breedlove, filha de pais escravizados, fundou em 1910 império de beleza Madam C. J. Walker Manufacturing Company, se tornou, em menos de dez anos (1919) a primeira mulher negra a ficar milionária com o próprio trabalho. O livro, escrito pela tataraneta da fundadora, virou série na Netflix, protagonizada pela atriz Octavia Spencer. Ela criou o negócio porque não encontrava produtos capilares que cuidassem do cabelo da mulher negra. 

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